Cuidado com o Penguin: Atualização do algoritmo para versão 2.0

No dia 10 de maio de 2013 o porta-voz do Google, Matt Cuttis, anunciou em seu Twitter que dentro de algumas semanas, o atual algoritmo do mecanismo de busca do Google, o Penguin, será atualizado para sua nova versão 2.0, o que causou uma certa preocupação pra quem se vale de artifícios ilegais para conseguir melhor posicionamento nas buscas.
Veja neste artigo como evitar problemas e o que fazer caso seja bloqueado.



Claro que quem não baseia seu trabalho em práticas desleais (as famosas “over optimizations” ou “black hats”), não precisa se preocupar com a nova versão do algoritmo, mas muitos iniciantes na área de SEO acabam que, por ingenuidade ou mesmo por má índole, caindo em alguns casos de reprovação pelo algoritmo. Quem busca trabalhar honestamente e faz o dever de casa, está mais que ciente que a utilização de algumas práticas como: textos e links ocultos, camuflagem do conteúdo real da página, redirecionamentos não autorizados,  páginas com palavras-chave irrelevantes ou totalmente discrepantes, múltiplas páginas, subdomínios ou domínios com conteúdo excessivamente repetido, entre outras, já eram facilmente identificadas pelo Penguin ainda no ano passado e até mesmo pelo seu antecessor, o algoritmo Panda. 


Com estas atualizações o Google busca não só repreender os metidos a espertinhos, mas também oferecer um resultado mais relevante para seus usuários, evitando sites enganosos e até propagadores de SPAM. Assim, os espertinhos que são pegos pelo algoritmo incorrendo em “Black Hat” podem ter seus sites rebaixados nos rankings de pesquisa, ou até mesmo serem desindexados (apagados) do índice do Google. Então colega, se você perceber um declínio repentino no seu tráfego de visitas nesses próximos dias, meus parabéns, você foi pego pelo Penguin!  


“Mas o que tenho eu a ver com isso se meu negócio é AdWords!?” 


Ora, todos sabem que um bom trabalho de SEM começa com um bom trabalho de SEO. Planejar corretamente um site, definir um conteúdo relevante, facilitar a navegação, além de toda otimização no ambiente “on-page” necessária para uma boa experiência do usuário, são os preceitos básicos para que o algoritmo não encrenque com você. Muito mais que prevenção, trata-se de ética adotar certos padrões para uma competição limpa e adequada. Além de você não correr o risco de ser negativado e acabar perdendo visitas importantes, você fornecerá ao seu cliente um conteúdo muito mais agradável e produtivo, porque de lixo a internet já está cheia! 


Na Central de ajuda para Webmasters (em inglês) está disponível um fórum com orientações voltadas justamente para o processo de construção de um site relevante e em acordo com os princípios utilizados pelo Google na hora de analisarem um site. É um checklist em forma de perguntas, postado em 2011, mas sem dúvidas as dicas são extremamente válidas ainda hoje e as respostas são facilmente dedutíveis:


  • Você confiaria na informação apresentada nesse conteúdo?
  • O conteúdo foi escrito por um expert ou entusiasta que domina o assunto ou ele é tratado de forma superficial?
  • O site tem conteúdos duplicados, interpostos, redundantes ou trata de tópicos similares apenas com variações de palavras-chave?
  • Você confiaria em inserir as informações de cartão de crédito nesse site?
  • O conteúdo tem erros gramaticais, de estilo ou citações falsas?
  • Os tópicos tratados são de interesse dos leitores ou o site gera conteúdo apenas para ranquear bem nas buscas?
  • O artigo oferece conteúdo, informação, relatório, análise ou enfoque original?
  • A página oferece valor superior a outras páginas dos resultados de busca?
  • Há controle de qualidade na produção do conteúdo?
  • O artigo é tendencioso? Ele apresenta os dois lados da história?
  • O site tem autoridade reconhecida no assunto?
  • O conteúdo é produzido em massa, terceirizado a um grande número de criadores ou espalhado por uma grande rede de sites, de modo que cada página não receba atenção ou cuidado individual?
  • A edição do artigo foi bem feita ou descuidada?
  • Se o site oferecesse conteúdo relativo à Saúde, você seguiria os procedimentos indicados por esse site?
  • Você reconheceria esse site como autoridade no assunto se apenas o nome dele fosse mencionado?
  • O artigo oferece uma descrição abrangente do tópico abordado?
  • O artigo oferece análise criteriosa e informações elaboradas (ou óbvias)?
  • Esse é o tipo de página que você colocaria em seus bookmarks, compartilharia com amigos ou recomendaria?
  • O artigo tem quantidade excessiva de anúncios que distraem ou interferem no conteúdo?
  • Você acha que esse artigo tem qualidade para estar em uma revista impressa, enciclopédia ou livro?
  • Os artigos são pequenos, superficiais ou pouco específicos?
  • As páginas são produzidas de forma cuidadosa e com atenção aos detalhes?
  • Usuários reclamariam quando vissem as páginas desse site?



You shall not pass, malandro!!

 

“Vish maínha, fui pego pelo Penguin, e agora???” 


Deu mole, né? Ok, Não deveria, mas vou te ajudar. Saiba que nem tudo está perdido. O primeiro passo é saber se a queda no tráfego do seu site foi mesmo culpa do Penguin (caso você tenha usado de “meios obscuros” para aumentar seu pagerank, é bem provável que sim). Confirmando isso, é hora de começar de novo:


  • Redefina suas estratégias dentro dos tópicos mencionados acima e jamais pense em utilizar “Black hat” novamente.
  • Nem perca tempo tentando alguma retratação, você foi bloqueado pelo robô e não por um funcionário.
  • Busque as referências externas de maneira natural, se você foi bloqueado por causa de links forjados, persistir no erro agora será a pior besteira que você pode fazer. Acabou-se o tempo onde quantidade era qualidade. Qualidade é relevância e é isso que você tem que buscar.
  • Concentre-se no usuário final, trabalhe para ele, pense nele e o Pinguim pensará novamente em você.
  • Por último, mas não menos importante, faça a dança do pinguim rolando e esfregando a barriga no chão 3x ao dia, repetindo em alto e bom som: “Eu sou um pinguim, eu sou um pinguim, eu sou um pinguim...” por no mínimo 2 horas. AHHHH, ok essa parte não precisa, mas seria um belo castigo por não ter prestado atenção nas regras, né? O fato de desconhecer a lei não justifica o seu descumprimento, então se você fazia algo proibido, mesmo que sem querer, é porque foi tão negligente quanto quem o fez por má fé. Que fique o aprendizado!


Bom pessoal, é isso. Além destas dicas, a única coisa que posso recomendar é que busquem sempre conhecer as diretrizes de qualidade, para evitar problemas futuros. Nada se perde por fazer as coisas da maneira correta. O diferencial virá com trabalho limpo e você, seu cliente, o usuário final e o Google viverão felizes para sempre!